Entenda por que você não deve usar essa estratégia para a sua empresa.
Se você já estudou as obras Marketing 3.0 e 4.0 do nosso querido Kotler, com certeza já entende que a abordagem da empresa (e de várias outras que fazem o mesmo, porém de forma mais sutil) nos mostrou exatamente o que não fazer nos dias de hoje.
Nossa, mas é tão grave assim? Sim, é.
Além de ter errado em outro ponto muito mais básico da propaganda, a frequencia de inserções (esse tema é discutível), no que se refere ao comportamento do consumidor atual o erro foi gravíssimo. Mas, para entender os porquês vamos nos apoiar nos estudos da maior figura do marketing da história.
Primeira grande mudança no marketing > 3.0: por conta do acesso mais fácil às tecnologias e consequentemente à informação, o consumidor passou a ser mais exigente em todos os sentidos, principalmente no que se refere à honestidade das empresas, então o marketing precisou se adaptar e focar seus esforços em valores fortes, na satisfação total do ser humano, já que, segundo pesquisas relatadas no livro, o ser humano (especialmente em países subdesenvolvidos) elevou a sua necessidade de se sentir pleno e passou a buscar uma melhor qualidade de vida em todos os sentidos, não só financeiro.
Segunda e atual grande mudança do marketing > 4.0 do tradicional ao digital: agora o consumidor tem ainda mais poder, a opinião dele é vista e levada em consideração de forma muitas vezes exponencial, eles conversam, trocam experiências, criam, cocriam e consequentemente as empresas precisam ser muito transparentes, honestas, oferecer e entregar mais do que foi ofertado… Ops… Acho que agora deu para entender, não é?
Então, o grande ensinamento que podemos tirar do fato é que oferecer ou ofertar produtos baseados em experiências duvidosas, como 6 em 7 com investimento baixo, aprenda como vender seu estoque em 7 dias, tenho 20 anos e ganhei meu primeiro milhão, entre outras, nunca foi legal, porém, no momento atual, além de não ser legal, se tornou extremamente perigoso para a saúde das empresas. (Que fique bem claro que a ideia aqui não é menosprezar, mas simplesmente estudar e aprender =D)
Primeiro porque isso não é ético. O Facebook e o Google estão há algum tempo tentando por meio das diretrizes de uso cessar essas ações. Talvez, se o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) ajudasse e tivesse uma atuação mais severa, poderíamos eliminar de vez esse tipo de propaganda. Para que fique mais clara a questão da ética, em todas as ferramentas você encontra como falta grave oferecer resultados que dependam de variáveis, como: Perca 30kg em 30 dias sem se esforçar, ganhe dinheiro fácil em 10 dias, etc. Cientificamente algumas coisas ofertadas até tem como serem atingidas, porém, os estimulantes “sem esforço”, “fácil”, são considerados antiéticos.
Depois, porque pode até ser que você ganhe dinheiro fazendo isso, a probabilidade é até grande de acontecer, mas, se a sua ideia é construir uma empresa com bases sólidas, para crescer e continuar no mercado, com uma história lembrada com alegria e satisfação por dezenas e dezenas de pessoas que quando acreditaram nas promessas viram que os prometidos eram verdades, sinceramente, nunca faça isso. Pois, se o consumidor hoje compra X e espera receber X + uma grande experiência, e mesmo assim a satisfação muitas vezes não é completa, imagine se ele receber -X? Se após ele efetuar a compra você começar a dar detalhes que não foram citados na sua propaganda? É desastroso!
Então, a dica que fica é: fale a verdade nas suas propagandas, não esconda detalhes que eliminam as chances do prometido dar certo, existem diversas formas criativas para você fazer isso sem precisar usar esses artifícios.
E, a boa notícia é que existem agências de publicidade que estão preparadas para fazer um trabalho transparente, ético e transformar simples consumidores em amigos fiéis da sua marca.